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A primeira sede do Museu de Arte de São Paulo, cujo projeto foi elaborado por Lina Bo Bardi, ocupava dois andares do Edifício dos Diários Associados, na rua 7 de abril, Centro de São Paulo.
Bo Bardi diz em Mirante das Artes, "... passando numa daquelas tardes pela avenida Paulista, pensei que aquele era o único lugar onde o Museu de Arte de São Paulo podia ser construído...". Referia-se ao Belvedere do Parque Trianon, onde uma antiga Casa de Chá, então demolida, costumava servir de ponto de encontro da elite paulistana. O terreno já havia abrigado, em um pavilhão provisório, a 1ª Bienal Internacional de São Paulo e, situado no topo do espigão da avenida Paulista, tinha uma vista desimpedida que, na época, alcançava o centro da cidade. Foram 12 anos entre projeto e execução. Lina trabalhou sob uma condição imposta pelo doador do terreno à prefeitura de São Paulo: a vista para o Centro da cidade e para a Serra da Cantareira teria de ser preservada, através do vale da avenida 9 de Julho.
O primeiro projeto foi concluído em 1957, porém, a construção não se realizou de imediato e ainda assim que iniciada, foi interrompida. Em meio à construção, acontecimentos exigiram que mudanças fossem feitas para assegurar a integridade da estrutura.
Devido a problemas de soldas mal feitas e cortes excessivos de armadura, os quatro pilares de sustentação da estrutura tiveram sua seção aumentada. Esses eventos foram testemunho das contradições entre uma concepção estrutural inovadora e avançada e o precário nível técnico de sua execução. Lina Bo Bardi buscava uma racionalidade construída a partir do ambiente em que trabalhava, com todas as limitações de um país no qual o desenvolvimento tecnológico convive com o improviso, a falta de planejamento e a intensa utilização de mão-de-obra pouco qualificada. Além das dificuldades de construção, a obra foi realizada durante um período de adversidade política.
História

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Seu acervo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN desde 1969, e possui atualmente cerca de 8 mil obras, dentre as quais destacam-se as pinturas ocidentais, principalmente italianas e francesas. Pode-se apreciar Rafael, Mantegna e Botticelli – da escola italiana – e Delacroix, Renoir, Monet, Cézanne, Picasso, Modigliani, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Matisse e Chagall – da chamada Escola de Paris.

História do vão do MASP - Reprodução Youtube
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