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  Achilina di Enrico Bo, conhecida como Lina Bo, é uma das figuras mais importantes da arquitetura Latino-americana. Nascida no dia 5 de dezembro de 1914, em Prati di Castello, Roma, de uma família genovesa e de poucos recursos financeiros, Lina se mostra uma criança difícil e solitária, com um trajeto escolar tumultuoso que achava limitar o papel da mulher na sociedade. Sua família era composta da mãe Giovanna Adriana Grazia, do pai Enrico Bo e sua irmã mais nova Graziela. Depois de cursar o Liceo Artistico de Roma, Lina se forma arquiteta com o trabalho de graduação “Núcleo Assistencial da Maternidade e da Infância.”

Preocupada com a instabilidade política de Roma e a ascensão do Fascismo, se muda para Milão em 1940, aonde trabalha no estúdio Bo e Pagani com o arquiteto Carlo Pagani. Também colabora com Gio Ponti na revista “Lo Stile – nella casa e nell’arrendamento” e atua nas revistas Grazia, Belleza, Vetrina e L’illustrazionoe Italiana.

  Muda-se para Roma com Pietro Maria Bardi em 1946 aonde funda a revista “A Cultura della Vita” com Bruno Zevi. Após seu casamento com Pietro Bardi, o casal visita o Rio de Janeiro aonde conhecem a vanguarda das artes no Brasil. No ano seguinte, Pietro é convidado pelo jornalista, empresário e político Assis Chateaubriand para fundar e dirigir um museu de arte moderna. Lina naturaliza-se brasileira em 1951 e no mesmo ano completa seu primeiro projeto arquitetônico realizado: a Casa de Vidro, que viria a ser um ponto de encontro importante para a cultura nacional.

  Lina vai a Salvador em 1958 para dar conferências na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia, e é convidada para dirigir o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) onde projeta o restauro do Solar do Unhão e sua adaptação para sede do museu. A experiência do Nordeste foi fundamental para o desenvolvimento da arquiteta, que se vê rodeada pela diversidade e vitalidade da região em meio ao processo de industrialização.

Ao retornar a São Paulo em 1966, retoma o projeto do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, que após sua inauguração em 1968, veio a ser um dos marcos mais icônicos da arquitetura Brasileira.

  Durante seus últimos dez anos de vida, após a inauguração do SESC Pompeia em 1982, Lina abriu uma nova fase em sua carreira. Apoiada pelos seus jovens colaboradores, Marcelo Ferraz, André Vainer e Marcelo Suzuki, produziu projetos que apontavam para uma renovação da arquitetura brasileira, então um tanto acomodada pela falta de oxigênio cultural dos anos da ditadura.

  Após sua morte em 1992, o reconhecimento desses anos foi potencializado pelo Instituto Bardi, graças a suas exposições, publicações e presença na mídia. Lina tornou-se uma referência internacional. O século XXI, mais especificamente o pós crise de 2008, viu vários dos seus temas e posições tornarem-se pauta do debate sobre cultura, meio-ambiente, patrimônio histórico e produção material da arquitetura e dos objetos.

Biografia Lina

Lina Bo Bardi de Aurélio Michiles

LINA BO BARDI, 50min. Brasil, 1993

Direção: Aurélio Michiles

Realização: INSTITUTO LINA BO e P.M. BARDI

Tem como principal obra o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP) na Avenida Paulista, que após sua inauguração em 1968 se torna um dos marcos mais icônico da arquitetura brasileira.

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